"...dizem respeito à forma como um indivíduo processa a informação - a recebe, a integra, a retém e a exprime - , tendo em conta as suas capacidades e o conjunto das suas realizações. As dificuldades de Aprendizagem Específicas podem, assim, manifestar-se nas áreas da fala, da leitura, da escrita, da matemática e/ou da resolução de problemas, envolvendo défices que implicam problemas de memória, perceptivos, motores, de linguagem, de pensamento e/ou metacognitivos. Estas dificuldades, que não resultam de privações sensoriais, deficiência mental, problemas motores, défice de atenção, perturbações emocionais ou sociais, embora exista a possibilidade de estes ocorrerem em concomitância com elas, podem, ainda, alterar o modo como o indivíduo interage com o meio envolvente" (Correia, 2008).
Como
podemos verificar no gráfico imediatamente abaixo, as Dificuldades de
Aprendizagem manifestam ser, de longe, as problemáticas mais representativas dos
alunos com NEE no nosso sistema educativo, com cerca de 48% da percentagem total.
Uma vez que em Portugal não existem estudos de prevalência fidedignos, estes dados são considerados a partir de estudos de prevalência realizados em países onde esta matéria é tida como privilegiada, nomeadamente Estados Unidos, Inglaterra, Canadá e Austrália (Correia, 2009).